Mostrando postagens com marcador Propriá. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Propriá. Mostrar todas as postagens

9 de abr. de 2025

O livro e a importância do vendedor

Transcrição do bate-papo entre o escritor Ron Perlim e o ex-secretário de Cultura, Juventude e Esportes de Propriá, Sergipe, Renison Félix. O bate-papo aconteceu na secretaria em março de 2021 e teve como tema: O livro e a importância do vendedor.

Principais Tópicos:

  • Importância do vendedor de livros: Discute-se o papel do vendedor, tanto o tradicional que oferece livros de porta em porta quanto o autor independente que vende suas próprias obras. É ressaltada a necessidade de desenvolver o hábito da leitura na população.
  • Desafios na venda de livros: Aborda-se a dificuldade de vender livros no Brasil, não apenas didáticos, mas também autorais, devido à "incompreensão" da população sobre o valor do livro como investimento. A influência das novas tecnologias em tirar o foco da leitura também é mencionada.
  • Obras do escritor Ronaldo Pereira de Lima (Ron Perlim): São apresentados seus livros, como "As Margens do Rio Rei", "Agonia Urbana", "Porto Real do Colégio: Sociedade e Cultura", "Laura", "A Menina das Queimadas", "Viu o Homem", "Foi Só um Olhar", "O Povo das Águas" e "Porto Real do Colégio: História e Geografia". Algumas obras foram premiadas ou adotadas por escolas.
  • Dia do Bibliotecário: É mencionada a importância do bibliotecário como orientador no universo literário, facilitando o acesso ao conhecimento.
  • Importância da biblioteca pública: Debate-se o papel crucial da biblioteca pública no município, especialmente em contraposição à ideia de que o celular substituiria essa instituição. A biblioteca é vista como um espaço de acesso democrático ao conhecimento, cultura e desenvolvimento social, além de promover a saúde física e emocional através da leitura em formato físico. A situação da biblioteca desmontada em Propriá é mencionada, assim como os esforços para sua reativação.
  • Academias de Letras: Discute-se a ausência de maior participação das academias de letras (como a Academia Propriaense de Letras) junto ao poder público para fomentar a cultura e a literatura. É defendida uma atuação mais ativa dessas instituições na proposição de projetos e no diálogo com as secretarias de cultura e educação.
  • Feira de Livros em Propriá: É levantada a possibilidade de realizar uma feira de livros no município após a pandemia, considerando seu potencial como polo regional. A ideia de uma futura Bienal também é mencionada como um sonho a ser perseguido.
  • Fomento à venda de livros: Questiona-se a falta de incentivo para a venda de livros, inclusive de porta em porta, e o impacto da tecnologia nesse tipo de comércio.
  • Adoção de obras literárias nas escolas: Discute-se a importância de as escolas adotarem obras de autores locais, como ocorreu com o livro "Porto Real do Colégio: História e Geografia" na Escola Santa Terezinha. O processo de adoção em escolas particulares e públicas é brevemente explicado.
  • Contexto das obras de Ronaldo Pereira Lima: O autor explica a origem e o tema de cada um de seus livros, desde a necessidade de uma obra sobre a história de Porto Real do Colégio até crônicas políticas e reflexões sobre a violência.

Resumo: o bate-papo destaca a relevância dos livros, dos profissionais que os disseminam (vendedores e bibliotecários), e das instituições que promovem o acesso à leitura (bibliotecas e academias de letras), com um olhar específico para o cenário cultural e literário de Propriá e das cidades circunvizinhas..

Leia Mais ►

13 de fev. de 2025

O Autor Fala de Sua Obra: Anita Paixão

O Blogue de Ron Perlim tem a grata satisfação de publicar neste espaço a entrevista de Anita Paixão, autora do livro Lydio Paixão: da Revolta Tenentista de 1924 ao suicídio de Vargas.

Anita Paixão

Escritora e pesquisadora, Anita Rocha Paixão nasceu na cidade de Aracaju-SE, em 1971. Graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Sergipe em 1994, sendo Especialista em Direito Eleitoral pela Universidade do Sul de Santa Catarina e Especialista em Processo e Direito do Trabalho pela FANESE. É funcionária do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe, ocupante do cargo de Analista Judiciário e da função de assessora de Juiz-Membro. Coordenadora Geral do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Sergipe e Presidente da Associação dos Servidores da Justiça Eleitoral do Estado de Sergipe.
Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, da Academia Cedrense de Letras e Artes e da Confraria Sancristovense de História e Memória. Participa do Movimento Cariri Cangaço e integrou a Comissão Organizadora do Simpósio "O Cangaço no Baixo São Francisco", em 2024, na cidade de Propriá-SE. Autora do livro ”Lydio Paixão: da Revolta Tenentista de 1924 ao Suicídio de Vargas”, que se encontra na 3ª edição. Coautora do livro "Um Sertão de Letras, Glórias e Memórias". Encontra-se no prelo o livro "A Dor".

Ron Perlim: Como nasceu o livro “Lydio Paixão: da Revolta Tenentista de 1924 ao suicídio de Vargas”?

Anita Paixão: 

O livro foi fruto da curiosidade, da inquietação e do amor. Cresci escutando a história de que meu avô tinha sido assassinado de forma bárbara: linchado em plena Praça Pública. Queria entender os motivos que levaram à multidão, naquele fatídico 24 de agosto de 1954, a trucidar um homem de bem, pai de 10 filhos. Daí a curiosidade. A inquietação surgiu na adolescência quando comecei a pesquisar sobre a questão. Os textos, os livros, os documentos tratavam a morte de Lydio Paixão como um número, uma estatística, um popular assassinado (única morte registrada em Sergipe por conta das revoltas populares de 24 de agosto de 1954) ou um nome sem referência. Aquilo me incomodava muito e sentia a necessidade de descortinar o mistério que envolvia a morte do meu avô, bem como resgatar a memória de Lydio Paixão, nos aspectos humano e histórico-social. Por fim, fui movida pelo amor. A publicação do livro representou um acalento para a minha família, especialmente para o meu amado e hoje saudoso pai, também Lydio Paixão.

Ron Perlim: Do que trata ou fala seu livro?

Anita Paixão: Trata da biografia de Lydio Paixão, inserida na história de Sergipe, entre as décadas de 1920 e 1950: laranjeirense, revoltoso de 1924, preso político, integralista, orador popular, líder trabalhista, delegado, cotinguibense, boêmio e pai de 10 filhos. Ao fazer de Lydio Paixão objeto central da minha pesquisa, procurei fugir dos tradicionais modelos de construção biográfica. Edificando a síntese de uma época, a partir da especificidade da trajetória de um sujeito individual, registrei, nas páginas do livro, um pontual estudo de relevantes fatos históricos verificados no Brasil e em Sergipe, no recorte temporal mencionado.

 Interessados, entrar em contato com a autora: @anitapaixaooficial.





 

Leia Mais ►

28 de mar. de 2024

Alô, Princesa do São Francisco (Poesia)


Propriá do São Francisco continua linda

Propriá do Velho Chico continua sendo

a Princesinha de Sergipe, Urubu de Baixo


Alô, alô, Bairro América

Aquele abraço

Alô torcida do América

Aquele abraço


Alô, alô, Opará

Aquele abraço

Alô, alô, Propriá

Aquele abraço


Bom Jesus dos Navegantes continua sendo

Principal atração turística

que encanta a massa

Juntando gente fina, por onde ele passa 

Continua alimentando

a fé de um povo guerreiro


Alô, alô, gente fina 

Povo guerreiro

Alô, alô, Santo Antônio

Nosso padroeiro 

Alô, alô, seu Pimpolho

Velho palhaço

Alô, alô, Dona Rosinha

Aquele abraço


Alô, moça da favela

Aquele abraço

Todo mundo da Capela

Aquele abraço

Todo mês de fevereiro

Aniversário

Alô Filarmônica Santo Antônio

Aquele abraço


Meu caminho pelo mundo

Eu mesmo traço

Meu Sergipe já me deu

Ginga e compasso

Quem sabe de mim sou eu

Aquele abraço

Pra você que me esqueceu

Aquele abraço

Alô, Princesa do Francisco

Aquele abraço

Todo povo ribeirinho

Aquele abraço.


(Poema-paródia da música “Aquele abraço” de Gilberto Gil, escrito, por Ruan Vieira, no 05.02.2024, em homenagem ao aniversário de 222 anos da cidade de Propriá/SE)

Leia Mais ►

4 de jun. de 2023

Uma homenagem à Propriá em forma de Poesia

 


Estrela Formosa
Autor: Ruan Vieira 

Fundada em 7 de fevereiro de 1802
Às margens de um Rio sagrado
Vivendo da pesca e do plantio do arroz
A cidade foi crescendo por todo lado

Com teu belo Rio a embelezar
Trazendo turismo e muita riqueza
Foi-se nascendo a tímida Propriá
Que doravante viria a ser Princesa

A princesinha do São Francisco!
Assim ela ficou conhecida; 
Pela beleza da tua Orla, do teu Rio 
Jamais há de ser esquecida

Cidade do Bom Jesus 
Da Catedral e da alegria 
Da fé que nos conduz
No caminho da harmonia

Cidade do Velho Chico 
Com Santo Antônio padroeiro 
Princesinha do São Francisco 
Repleta de um povo guerreiro

Filha de Sergipe, a famosa
Nos encanta a tua luz a brilhar
Da natureza, o teu céu cor de rosa
Faz de ti mais bela, Propriá

Quem te conhece, há de se lembrar
De como tu és formosa;
Quem por aqui passa, quer ficar
Nesta cidade maravilhosa:
Salve! Salve! Propriá.

(Poema escrito em 05/02/2023 em homenagem à cidade de Propriá, celebrando os seus 221 anos em 07/02/2023)
Leia Mais ►