13 de fev. de 2025

O Autor Fala de Sua Obra: Anita Paixão

O Blogue de Ron Perlim tem a grata satisfação de publicar neste espaço a entrevista de Anita Paixão, autora do livro Lydio Paixão: da Revolta Tenentista de 1924 ao suicídio de Vargas.

Anita Paixão

Escritora e pesquisadora, Anita Rocha Paixão nasceu na cidade de Aracaju-SE, em 1971. Graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Sergipe em 1994, sendo Especialista em Direito Eleitoral pela Universidade do Sul de Santa Catarina e Especialista em Processo e Direito do Trabalho pela FANESE. É funcionária do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe, ocupante do cargo de Analista Judiciário e da função de assessora de Juiz-Membro. Coordenadora Geral do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Sergipe e Presidente da Associação dos Servidores da Justiça Eleitoral do Estado de Sergipe.
Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, da Academia Cedrense de Letras e Artes e da Confraria Sancristovense de História e Memória. Participa do Movimento Cariri Cangaço e integrou a Comissão Organizadora do Simpósio "O Cangaço no Baixo São Francisco", em 2024, na cidade de Propriá-SE. Autora do livro ”Lydio Paixão: da Revolta Tenentista de 1924 ao Suicídio de Vargas”, que se encontra na 3ª edição. Coautora do livro "Um Sertão de Letras, Glórias e Memórias". Encontra-se no prelo o livro "A Dor".

Ron Perlim: Como nasceu o livro “Lydio Paixão: da Revolta Tenentista de 1924 ao suicídio de Vargas”?

Anita Paixão: 

O livro foi fruto da curiosidade, da inquietação e do amor. Cresci escutando a história de que meu avô tinha sido assassinado de forma bárbara: linchado em plena Praça Pública. Queria entender os motivos que levaram à multidão, naquele fatídico 24 de agosto de 1954, a trucidar um homem de bem, pai de 10 filhos. Daí a curiosidade. A inquietação surgiu na adolescência quando comecei a pesquisar sobre a questão. Os textos, os livros, os documentos tratavam a morte de Lydio Paixão como um número, uma estatística, um popular assassinado (única morte registrada em Sergipe por conta das revoltas populares de 24 de agosto de 1954) ou um nome sem referência. Aquilo me incomodava muito e sentia a necessidade de descortinar o mistério que envolvia a morte do meu avô, bem como resgatar a memória de Lydio Paixão, nos aspectos humano e histórico-social. Por fim, fui movida pelo amor. A publicação do livro representou um acalento para a minha família, especialmente para o meu amado e hoje saudoso pai, também Lydio Paixão.

Ron Perlim: Do que trata ou fala seu livro?

Anita Paixão: Trata da biografia de Lydio Paixão, inserida na história de Sergipe, entre as décadas de 1920 e 1950: laranjeirense, revoltoso de 1924, preso político, integralista, orador popular, líder trabalhista, delegado, cotinguibense, boêmio e pai de 10 filhos. Ao fazer de Lydio Paixão objeto central da minha pesquisa, procurei fugir dos tradicionais modelos de construção biográfica. Edificando a síntese de uma época, a partir da especificidade da trajetória de um sujeito individual, registrei, nas páginas do livro, um pontual estudo de relevantes fatos históricos verificados no Brasil e em Sergipe, no recorte temporal mencionado.

 Interessados, entrar em contato com a autora: @anitapaixaooficial.





 

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